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Projeto da Funase Jaboatão concorre ao 16º Prêmio Innovare

A prática consiste na oferta do curso de Eletricidade Básica para dez internos do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Jaboatão dos Guararapes



Da Assessoria de Imprensa

Foto: Divulgação


Um projeto de educação profissional voltado a adolescentes da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) está entre os inscritos no 16º Prêmio Innovare, o maior concedido pela Justiça brasileira. A prática consiste na oferta do curso de Eletricidade Básica para dez internos do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, e para outros dez alunos da comunidade do entorno. As aulas são ministradas por professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e vêm acontecendo, desde o fim de maio, no Oratório Dom Bosco.


Ambas as instituições já eram parceiras da Funase em diferentes projetos, mas, pela primeira vez, estão desenvolvendo essa prática juntas e de modo a também abranger pessoas de fora do sistema socioeducativo em meio fechado. Os primeiros resultados têm sido avaliados como positivos.


Desde que o projeto começou, em 2017, 40 adolescentes já foram beneficiados. A primeira turma atendeu socioeducandos do Case Jaboatão e socioeducandas do Case Santa Luzia. Na ocasião, as aulas ocorreram nas instalações da UFPE. Já a segunda turma, iniciada no segundo semestre de 2018, teve aulas dentro do Case Jaboatão. Agentes socioeducativos também foram incluídos na ação e, no fim do curso, assim como os socioeducandos, obtiveram certificados e caixas de ferramentas para eletricidade, avaliadas em R$ 500 e doadas por integrantes da Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem e do Rotary Club do Recife – Largo da Paz, que também apoiam a ação. A turma atual, a terceira do projeto, terá 30 horas/aula, divididas em dez encontros, sempre aos sábados.


A aula mais recente foi acompanhada por uma consultora do Innovare. Os registros feitos no local serão encaminhados a um corpo de jurados composto por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), desembargadores, juízes, promotores de Justiça, defensores públicos e advogados. Ao todo, 617 práticas estão sendo avaliadas no Brasil.


“Na ocasião, foi ressaltado à entrevistadora o caráter coletivo da ação, que começou com os professores da UFPE André Marques, Frederico Nunes e Flávio Miranda, foi crescendo para instituições que eles frequentam e, hoje, é um projeto de abrangência. Essa terceira turma, iniciada em 2019, é a oportunidade de realizarmos mais uma experiência, desta vez, juntando os socioeducandos com alunos de fora da Funase e, sobretudo, promovendo o diálogo entre várias instituições. É uma prática que está garantindo educação profissional a adolescentes e jovens de periferias, que, por vezes, não haviam tido acesso a oportunidades dessa natureza”, avaliou o coordenador do Eixo Profissionalização, Esporte, Cultura e Lazer da Funase, Normando de Albuquerque.


Para o coordenador geral do Case Jaboatão, Mozat Lourenço, o sucesso do projeto, que, pela terceira vez, contempla adolescentes da unidade, mostra a vocação daquele espaço para a realização de ações exitosas em educação. Em 2014, um projeto da Escola Estadual Frei Jaboatão, que funciona dentro da unidade da Funase, foi vencedor do Prêmio Innovare. Já no início deste ano, outra atividade pedagógica – a produção de detergente caseiro não poluente feita por meio de parceria entre socioeducandos e alunos de uma escola francesa – teve menção na revista PEA-Unesco e no Twitter da ONU France et Monaco. “Essas conquistas se unem também à vitória de nossos adolescentes, por dois anos consecutivos, no concurso de redação da Defensoria Pública da União. Cada passo da caminhada consolida os esforços que têm sido feitos para promover a socioeducação”, afirmou Lourenço.


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