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Paulo Câmara: "O Banco do Nordeste pode ajudar na recuperação do Metrô do Recife"

Na ocasião, foi entregue o documento “Metrô nos trilhos é atendendo à população”

Foto: Divulgação


O presidente do Banco do Nordeste e ex-governador Paulo Câmara recebeu, no escritório do Recife, na manhã desta segunda-feira (31/07), os representantes do Fórum Permanente em Defesa do Metrô do Recife. O presidente do Sindmetro-PE, Luiz Soares; o presidente do CREA-PE, Adriano Lucena; o ex-secretário de Planejamento do Estado de Pernambuco no governo Arraes, João Recena; a presidenta do Sindicato dos Engenheiros de Pernambuco, Eloisa Moraes; o presidente do Sindicato dos Ferroviários, Luiz Cláudio e o diretor Sérgio Almeida; os diretores do Sindmetro-PE: Jonas Maropo e Glaucia Nascimento. Pelo BNDES participaram o chefe de Departamento da Área de Estruturação de projetos, Arian Bechara, e a gerente do Departamento da Área de Estruturação de Projetos, Anie Gracie.


Na ocasião, foi entregue o documento “Metrô nos trilhos é atendendo à população”. Depois do relato de todos à respeito do sucateamento do metrô, o presidente do Crea-PE, Adriano Lucena, perguntou ao presidente do Sindmetro-PE, Luiz Soares, qual o valor mínimo de que o metrô precisa, atualmente, para voltar ao patamar de prestar o serviço que a sociedade do Recife precisa. Prontamente, Luiz Soares, respondeu: "Com 1 bilhão e meio a gente recupera o sistema e botar para funcionar a todo o vapor. Compra algumas composições, recupera as estações, recupera a linha, recupera a rede aérea, recupera as subestações, coloca tudo para funcionar com toda a força possível”.


O presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara, reiterou: “Como presidente do Banco do Nordeste, eu torço muito para que haja um desfecho positivo, que o banco possa ajudar neste processo. Como cidadão de Pernambuco, eu torço para que o desfecho seja o que vocês estão pleiteando. Eu acho que o melhor caminho nesse momento é recuperar o que tem, urgente! O Banco do Nordeste está à disposição, é uma decisão de governo mas, se for consultado, defenderá a recuperação do sistema pelo Governo Federal. O Banco do Nordeste está à disposição inclusive para participar de qualquer equação financeira no tocante a infraestrutura”.


Na ocasião, foi entregue o documento: "Metrô nos trilhos é atendendo à população". Segue um trecho do documento:


"Achar que a privatização ou concessão de um equipamento como o Metrô seria uma solução para o sistema é um grande equívoco. O Metrô é transporte de massa, e, para tanto, também carece de massivos investimentos e recursos para sua operação e manutenção. O Estado de Pernambuco não tem lastro para uma contrapartida tão elevada em aportes diretos, no caso de uma estadualização. Tampouco numa concessão fazendo a cobertura do ente privado, garantindo assim o lucro do grupo empresarial que viesse a assumir tal risco de negócio, tudo isso via subsídio público.


Muito pelo contrário, a manutenção desses termos não representaria avanços ou expectativas positivas, principalmente para a população da Região Metropolitana de Recife. É preciso lembrar que, no âmbito desta mesma RMR, operam concessões dos ônibus e dos BRTs, sistemas estes que não operam satisfatoriamente, entregando serviços precários aos seus usuários, mesmo estes sistemas não possuindo toda a elevada cadeia de custos de uma operação metroferroviária com material rodante, via, rede aérea, sistemas de segurança, sistemas elétricos, estações de grande porte, etc.


A responsabilidade de gestão do Metro é do Governo Federal, e mais do que isso, só pode ser custeada pela União, pois é o ente que possui lastro para arcar com todo o custeio e investimentos e ainda assim proporcionar uma tarifa social aos seus usuários, abrindo mão do lucro no atendimento de quem mais precisa de transporte público. A gestão deve permanecer na União porque transporte sob trilhos é mola motriz do desenvolvimento econômico-social de um país, garantindo mobilidade e gerando oportunidade para quem usa o sistema.


O Metrô realmente não pode permanecer como está! O que coloca o Metrô nos trilhos e soluciona a dramática situação causada pelos sucessivos cortes do Governo Federal nos orçamentos de custeio e de investimentos é que este ente assuma a responsabilidade pela retomada urgente dos repasses tão necessários ao sistema. O corpo técnico que uma vez já operou o metrô mais limpo do mundo detém a mesma competência da época, ainda mais experiente e motivado no reerguimento e expansão da Empresa, bem como na prestação desse importantíssimo serviço à população da RMR, prezando pela qualidade do transporte coletivo e público e pela modicidade da tarifa aos usuários".

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