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Polícia Civil investiga esquema de rachadinha na Câmara do Jaboatão

A operação Diké foi deflagrada no início da manhã desta terça (21) pela Primeira Delegacia de Combate à Corrupção

Do G1 PE

Foto: Reprodução/TV Globo/Arquivo


Uma operação policial é realizada, nesta terça (20), contra um esquema de rachadinha na Câmara de vereadores de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. Segundo a Polícia Civil, a Justiça determinou o afastamento de servidores, sequestro de bens e bloqueio de dinheiro.


O esquema de rachadinha é caracterizado pela prática de corrupção envolvendo o repasse de parte dos salários de assessores para o parlamentar ou secretário, a partir de um acordo pré-estabelecido ou como exigência para a função.


A operação Diké foi deflagrada no início da manhã pela Primeira Delegacia de Combate à Corrupção (1ª Deccor).


Ainda segundo a polícia, a ação tem como alvo uma organização envolvida em peculato, crime praticado por servidores públicos para obter vantagem usando o cargo, e lavagem de dinheiro.


Por meio de nota, a polícia informou a Segunda vara da Comarca de Jaboatão expediu dez mandados de busca e apreensão.


As equipes da polícia também cumprem sete ordens judiciais de afastamento de cargo público, sequestro de bens e bloqueio de ativos financeiros. Participam da Operação Diké 60 policiais civis.


Até a última atualização desta reportagem, a polícia ainda não tinha divulgado o balanço da operação nem os nomes dos envolvidos.


As investigações foram assessoradas pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco e pelo Laboratório de Lavagem de Dinheiro (LAB/PCPE). Houve, ainda, o apoio do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE).


Outros casos

Em novembro deste ano, a polícia deflagrou operações para investigar esquemas de rachadinha em duas cidades de Pernambuco: Ipojuca, no Grande Recife, e Timbaúba, na Zona da Mata Norte.


Em Ipojuca, o crime foi descoberto na Câmara Municipal. A polícia apontou que 14 assessores de um vereador participavam do esquema. Eles “devolviam" a maior parte dos salários a um parlamentar.


Entre eles estava um empresário, que investiu na campanha eleitoral do político e foi nomeado assessor para receber de volta o que pagou. O valor desviado superou os R$ 8 milhões.


Em Timbaúba, o esquema também foi descoberto na Câmara Municipal. Segundo a polícia, havia um vereador e dois assessores envolvidos no desvio de recursos públicos. Eles foram afastados dos cargos, segundo a Polícia Civil.


Além disso, a corporação descobriu o envolvimento de outro servidor do Legislativo municipal no uso indevido de verbas públicas.


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