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Juntas voltam a repercutir pleito de auxiliares e técnicos de enfermagem

Parlamentar solicitou que o Poder Executivo se comprometa a não penalizar administrativamente os servidores em mobilização




Da Assessoria de Imprensa

Foto: Roberto Soares



A deputada Jô Cavalcanti, do mandato coletivo Juntas (PSOL), voltou a defender o pleito dos auxiliares e técnicos de enfermagem que, há 14 dias, protestam no Recife cobrando reajuste salarial. Em discurso acompanhado pela categoria nesta quinta (13), a parlamentar reconheceu que as negociações com o Governo do Estado avançam, mas solicitou que o Poder Executivo se comprometa a não penalizar administrativamente os servidores em mobilização.


“Infelizmente, a classe trabalhadora hoje no Brasil, para ser escutada, precisa fazer coisas extremas, para chamar atenção. Parar a Avenida Agamenon Magalhães ontem, durante todo dia, foi a forma como eles conseguiram isso”, afirmou a deputada, informando que a categoria está há dez anos sem receber reajuste, situação que coloca os vencimentos de uma parte dos profissionais abaixo do salário mínimo. Outra reivindicação dos técnicos e auxiliares diz respeito a adicionais noturno e de insalubridade.


Segundo Cavalcanti, uma reunião da categoria com representantes do Executivo na última quarta (12) trouxe avanços para as negociações, mas o movimento aguarda o compromisso do Governo Estadual de não repreender os manifestantes futuramente. Ainda sobre a situação, ela criticou a ação do Batalhão de Choque da Polícia Militar na noite de ontem. “O presidente do sindicato foi levado à delegacia de forma arbitrária. Peço que o Estado apure a situação”, concluiu.


No tempo dedicado à Comunicação de Lideranças, o deputado João Paulo (PCdoB) também comentou a situação. “Mais perigosa que a repressão policial nesses movimentos é a divisão dos trabalhadores”, pontuou, alegando haver divergências que precisam ser sanadas dentro da categoria. O parlamentar defendeu, também, que os grevistas “busquem a sociedade como aliada”. “A condução política gerou insatisfação em milhares de pessoas”, lamentou, colocando-se à disposição dos profissionais para intermediar o diálogo.


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