Parlamentar não descartou, ao ser indagado, que possa haver eventual composição entre os dois partidos em Jaboatão
Da Folha de Pernambuco
Foto: divulgação
Cotado para concorrer à Prefeitura do Recife pelo PSB, o deputado federal João Campos admite que vem ampliando o diálogo com o presidente estadual do Republicanos, Silvio Costa Filho. Em entrevista ao programa Folha Política, da Rádio Folha FM 96,7, nesta quinta (5), João realçou a proximidade dos dois na Câmara Federal e não descartou, ao ser indagado, que possa haver eventual composição entre os dois partidos em Jaboatão dos Guararapes.
Recentemente, o ex-deputado federal Silvio Costa, pai de Silvio Costa Filho, transferiu seu título de eleitor para a cidade, comandada pelo prefeito Anderson Ferreira, adversário do Palácio das Princesas.
“Eu me dou muito bem com o deputado Silvio Costa Filho, temos conversado para fazer ações conjuntas aqui em Brasília, e também discutimos o quadro político do nosso Estado. Ele tem feito um trabalho relevante à frente do Republicanos em Pernambuco, temos que compreender as divergências, mas também, buscar as convergências” , afirmou.
Em específico, sobre o cenário de Jaboatão, João Campos não descartou entendimento: “Cada muncípio tem uma particularidade própria, tenho certeza de que cada decisão que o partido tomar será pensando no melhor para o povo de cada cidade e, com Jaboatão, não será diferente”.
O deputado Silvio Costa Filho, por sua vez, já não havia descartado a possibilidade dessas costuras com o PSB se consolidarem. Na última terça-feira (3), em entrevista á Rádio Folha, declarou: "Vamos votar em alguns candidatos do PSB na Região Metropolitana, como também precisamos de apoio do PSB em Camaragibe para a prefeita Nadeji (Queiroz), que é do Republicanos. Nós, possivelmente, deveremos votar em São Lourenço da Mata, no ex-deputado Vinícius Labanca, que é do PSB. Vamos votar, em Abreu e Lima, na (Cristiane) Moneta, que é candidata pelo PSB a prefeita”.
ORÇAMENTO Após entendimento entre Congresso e poder executivo sanear o impasse que se estendia em torno do controle de cerca de R$ 30,1 bilhões do Orçamento deste ano, João campos realça que o PSB não fez acordo algum com o governo Bolsonaro. Explica, no entanto, que a sigla concorda no ponto de que o gerenciamento de verba vultuosa não pode ficar sob a tutela de apenas um deputado, referindo-se ao relator do Orçamento, deputado Domingos Neto (PSD-CE) “A gente defende sim o orçamento impositivo, as emendas de bancada, mas o que se criou foi uma anomalia! Queriam transformar as emendas de relator nas emendas individuais que cada deputado tem e, por melhor que seja o deputado, ele é apenas um. Então, isso não é razoável”, argumentou. O deputado também comemorou a derrubada do veto presidencial a um projeto de lei apresentado por ele e aprovado na comissão de finanças plenário da Câmara Federal que inscrevia as despesas com Ciência e Tecnologia na área de verbas que não podem ser contingenciadas. Segundo ele, a proposta vai proteger mais de R$ 5 bilhões referentes à área de pesquisa, voltados a órgãos como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).
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