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Jovens se reúnem para dançar passinho em praça em Cavaleiro

Na Praça Leão do Norte, eles mostram o resultado dos ensaios exaustivos realizados todas as semanas





Do G1 PE

Foto: Reprodução/TV Globo


No bairro de Cavaleiro, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, grupos de jovens se reúnem para dançar o passinho, estilo que veio das batidas do brega-funk pernambucano. Na Praça Leão do Norte, eles mostram o resultado dos ensaios exaustivos realizados todas as semanas.


Os encontros para ensaios ocorrem em praças da comunidade. Um dos participantes é o barbeiro Cícero da Silva, para quem a dança nunca foi tarefa difícil. "É simples, mas tem uns amigos que têm a cabeça mais fechada para pegar a coreografia. Tem outros, no entanto, que pegam fácil", afirma.


Em outro grupo, que se reúne em uma praça perto da Estação de Metrô de Cavaleiro, os jovens ensaiam, além do passinho, a swingueira. A ideia veio do dançarino Ronaldo Gomes. Segundo ele, a dança se torna, para muitos, uma forma de sobrevivência e de mudança de vida.

"Tem pessoas que, graças a Deus, saíram do mundo das drogas, estão indo para a academia dançar, estão focados. As mães desses meninos falam comigo, me parabenizam pelo meu projeto e estão abraçando também. E eu estou seguindo firme e forte, com fé em Deus", diz Ronaldo.


O encontro dos grupos na Praça Leão do Norte ocorre duas vezes por mês, sempre aos sábados. Entre os participantes está o músico Leonardo Souza, que faz um cover de Michael Jackson. Ele decidiu unir a paixão pelo "rei do pop" com o amor ao brega-funk.

"Desde pequeno, eu sou fã de Michael Jackson e misturei o passinho junto com o tributo a ele", diz Leonardo Souza.

Para o dançarino Vitor Sena, o passinho deu a oportunidade de fazer dinheiro. Entre uma foto e outra com os fãs, ele contabiliza as conquistas que vieram pela dança.

"Com a dança, a gente conquista dinheiro e parceria e até ganha roupa. Antigamente, minha vida não era muito boa, mas a gente não está aqui para isso. Está para contar nossa alegria do passinho", diz o dançarino.


Para realizar o encontro na praça, a comunidade se une. Segundo o produtor de eventos Luan Felipe, paredão de som e toldo são alguns dos itens que são cedidos pelos próprios moradores.


"Não tem patrocínio nem nada. É tudo comunidade. A turma vem com som, aí a galera vem e divulga", afirma o produtor.


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