O ranking considera os indicadores de distribuição, tratamento e perda de água durante o fornecimento à população
Do Leia Já
Foto: Foto Bruno Campos/JC Imagem
Os municípios de Jaboatão dos Guararapes e Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR), têm dois dos piores índices de saneamento básico do país. A informação é do Instituto Trata Brasil, que realiza o mapeamento do serviço nos 100 municípios brasileiros mais populosos. O ranking considera os indicadores de distribuição, tratamento e perda de água durante o fornecimento à população. Em Pernambuco, é a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) que detém a concessão dos serviços públicos de saneamento básico.
O Trata Brasil coleta dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). Os dados recém-divulgados são com base no SNIS de 2022; é comum que o intervalo entre a coleta dos dados e a divulgação seja de dois anos.
Há 10 anos Jaboatão está entre os 20 piores índices da pesquisa. No ranking deste ano, o município aparece na 87ª posição, entre 100 outras cidades. É a mesma colocação do ranking de 2023. Em 2022, Jaboatão estava na 88ª colocação. Quanto mais perto da 100ª posição, pior o desempenho do serviço de saneamento. Paulista, em 2023, não era parte do ranking das 20 piores, mas caiu 19 posições, saindo da 64ª colocação para a 83ª em 2024.
“Nesta 16ª edição do Ranking do Saneamento, com foco nas 100 cidades mais populosas do país, é possível observar que quando comparado com os relatórios de anos anteriores, a configuração do grupo de melhores e piores nos indicadores de saneamento continua semelhante. Isto é, 14 dentre os 20 melhores seguem nesse conjunto pelo segundo ano consecutivo, algo que também é visto entre os piores, no qual, 18 dentre os 20 piores seguem nessa lista por duas edições seguidas”, diz o instituto.
Saneamento em Jaboatão e Paulista
Desde 2014 (SNIS 2012), segundo o Instituto Trata Brasil, Jaboatão dos Guararapes ocupa um lugar entre os 20 piores da lista. Os piores anos foram 2014 e 2012, quando a cidade esteve na 99ª e 97ª posições, respectivamente. No geral, Jaboatão oscilou entre as posições de número 85 e 99. De acordo com o ranking, o município entrega água a 81,43% de sua população e tem atendimento de esgoto para 24,69%. Já o indicador de tratamento do esgoto está em 31,34%. A cidade gasta, por habitante, em média, R$ 151,56 ao ano. Jaboatão é também a cidade com um dos maiores índices de perdas na distribuição (69,38%).
Paulista apareceu no ranking das 20 piores por duas vezes na última década – em 2012 (81ª posição) e em 2024 (83ª posição). A cidade teve uma queda drástica (19 posições) no ranking. Seu melhor desempenho foi quando chegou às colocações 58 e 59, nos anos de 2017 e 2018, respectivamente. Segundo o ranking atual, Paulista entrega água a 97,88% de sua população. O atendimento de esgoto é de 48,87% e o tratamento de esgoto, de 40,17%. O investimento médio por habitante, ao ano, é de R$ 76,39.
Outros municípios
Por serem parte das cidades mais populosas, Petrolina, Olinda e Recife também estão no ranking. Porém, não entre as piores colocadas. Petrolina é a com o melhor desempenho entre as cidades pernambucanas, na 56ª colocação. No entanto, caiu 17 posições em comparação a 2023, quando era a 39ª colocada. A cidade nunca esteve entre as 20 piores.
Recife subiu duas posições, saindo da 78ª em 2023 para a 76ª em 2024. Assim como Paulista, a capital pernambucana esteve entre os índices mais baixos por outras duas vezes, nos anos de 2018 e 2019. Já Olinda surgiu nas últimas posições de 2012 a 2015. Este ano, ocupou a 71ª posição do ranking, caindo cinco lugares em comparação ao ano passado, quando era a 65ª.
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