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Governo sinaliza com medidas para amenizar efeito das restrições para bares e restaurantes

Além disso, os empresários acertaram de encaminhar uma pauta com propostas envolvendo uma renegociação tributária






Da Folha de Pernambuco


A disponibilidade de uma linha de crédito e a possível renegociação tributária foram algumas das medidas discutidas durante reunião, nesta quarta-feira (3), entre empresários do setor de bares e restaurantes e representantes do Governo de Pernambuco. Segundo a secretária executiva de Desenvolvimento Econômico, Ana Paula Vilaça – que participou do encontro -, foi deixado claro, a partir dos números diários sobre a pandemia, que a decisão de restringir a atividade econômica foi tomada por extrema necessidade.


A conversa contou ainda com a participação de representantes da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e também de proprietários que atuam de forma independente. Vilaça explicou que a Agência de Empreendedorismo do Estado recebeu, recentemente, recursos do Fundo Nacional do Turismo para operar uma linha de crédito voltada ao segmento.


“Já estamos em contato com a própria Agência para que esse financiamento seja colocado à disposição das empresas do segmento – que fazem parte da cadeia do turismo – para ajudá-las nesse momento de maior sufoco. Essa será uma medida a ser tomada de imediato”, ressaltou a secretária.


Além disso, os empresários acertaram de encaminhar uma pauta com propostas envolvendo uma renegociação tributária que será levada à Secretaria da Fazenda do Estado. “Nesse caso, não demos nenhuma garantia porque caberá à Sefaz - inclusive dentro das regras determinadas pelo Conselho Nacional de Política Fazendária – definir se essas solicitações poderão ou não ser atendidas. De toda forma, as secretarias de Desenvolvimento Econômico e de Turismo serão responsáveis por encaminhar esse documento e acompanhar sua resposta”, ressalta Vilaça.


Por fim, a secretária conta que entrou em contato com a Presidência da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) para buscar um atendimento mais individualizado ao setor para que seja disponibilizado algum tipo de negociação dos débitos.


Ao final do encontro, o empresário Tony Souza – que faz parte de um grupo proprietários independentes – ressaltou ter saído satisfeito da reunião porque o Governo se mostrou sensível às dificuldades do setor. “Em primeiro lugar, queríamos ser escutados, e os participantes demonstraram estar atentos aos prejuízos que estamos acumulando. Queríamos também mostrar que os bares e restaurantes não podem ser tratados como os grandes vilões da pandemia porque a maioria de nós cumpre todas as restrições impostas. Aqueles que não o fazem devem ser fechados”, explicou.


Em sua opinião, ao demonstrar claramente que está em busca de medidas compensatórias, o Estado apresenta as contrapartidas que os empresários vêm cobrando desde o início da pandemia. “Estamos com muita esperança nessas propostas e entendemos que o importante agora é salvar vidas”, conclui Souza.



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