Segundo a parlamentar, a pandemia aprofundou as diferenças sociais. Se, em 2020, a taxa de desemprego no País alcançou 13,5%
Da Assessoria de Imprensa
Foto: Jarbas Araújo
“Trabalhadores e trabalhadoras do Brasil e de Pernambuco não têm qualquer motivo para comemorar este 1º de Maio.” A avaliação foi feita pela deputada Jô Cavalcanti, titular do mandato coletivo Juntas (PSOL), na Reunião Plenária desta quinta (29). Ela lamentou o aumento do desemprego e das desigualdades sociais, além das cerca de 400 mil mortes por Covid-19.
Segundo a parlamentar, a pandemia aprofundou as diferenças sociais. Se, em 2020, a taxa de desemprego no País alcançou 13,5%, o número de bilionários teve crescimento de mais de 40%, passando de 45 para 65.
Segundo a parlamentar, a pandemia aprofundou as diferenças sociais. Se, em 2020, a taxa de desemprego no País alcançou 13,5%, o número de bilionários teve crescimento de mais de 40%, passando de 45 para 65. “Essa pequena quantidade de pessoas concentra renda semelhante a mais de 100 milhões de brasileiros e brasileiras que vivem hoje na pobreza e extrema pobreza”, sublinhou.
“Aos mais de 14 milhões de cidadãos desempregados, somam-se 6 milhões que desistiram de procurar emprego e outros 40 milhões de trabalhadores que vivem ‘de bico’, no mercado informal, sem renda garantida”, prosseguiu a psolista. “Ou seja, temos 60 milhões de adultos à margem da economia, dos direitos, da cidadania e com um futuro completamente incerto.”
Ela chamou a atenção para o fato de que Pernambuco teve uma taxa de desemprego acima da média nacional (16,8%), sendo que, das 5 mil vagas com carteira assinada perdidas no ano passado no Estado, 99,5% foram de mulheres. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
“De cada dez pernambucanos em idade de trabalhar, apenas quatro têm emprego hoje. Com as restrições à circulação de pessoas, o desemprego atingiu de forma mais dura o trabalhador informal, especialmente os comerciantes, as diaristas e a área cultural”, agregou a deputada, que voltou a defender a implementação de um programa estadual de renda básica.
Ao tratar da pandemia, Jô Cavalcanti frisou que o Brasil está há 42 dias com a média de mortes acima de 2 mil, e abril é considerado o pior mês desde o início da crise sanitária atual. Lembrando o Dia Nacional das Trabalhadoras Domésticas (27 de abril), repercutiu denúncias de que essas profissionais reclamam de estarem sendo obrigadas a trabalhar sem a devida proteção contra a Covid-19.
“O fim do auxílio emergencial cortou a renda de 68 milhões de pessoas, sendo que 11 milhões foram mulheres chefes de família. Agora, com a aprovação de um auxílio de apenas R$ 250, o Governo Federal joga o povo ainda mais na extrema pobreza, ampliando o número de famílias que passam fome no País”, denunciou.
“No dia 1º de maio, estaremos nas ruas e nas redes sociais denunciando esse descaso contra os trabalhadores e trabalhadoras”, concluiu Jô Cavalcanti. A data também foi lembrada pelo deputado João Paulo (PCdoB), para quem “são os trabalhadores que constroem a verdadeira riqueza do País”.
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