De acordo com o Ministério da Saúde, estima-se que, atualmente, um milhão de pessoas vivem com HIV no Brasil. Desse total, 650 mil são do sexo masculino e 350 mil do feminino. Além disso, é estimado que cerca de 100 mil estão infectadas, mas não possuem o diagnóstico
Foto: Divulgação
Dezembro Vermelho é o mês dedicado à prevenção e conscientização sobre o vírus HIV/ AIDS e outras infecções sexualmente transmissíveis. O vírus HIV, sigla em inglês do Vírus da Imunodeficiência Humana, quando se desenvolve, manifesta a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), que é uma doença crônica que ataca todo o sistema imunológico do indivíduo infectado, que pode provocar emagrecimento, vômitos, dor de cabeça, diarréia, manchas na pele e febre.
De acordo com o Ministério da Saúde, estima-se que, atualmente, um milhão de pessoas vivem com HIV no Brasil. Desse total, 650 mil são do sexo masculino e 350 mil do feminino. Além disso, é estimado que cerca de 100 mil estão infectadas, mas não possuem o diagnóstico.
O que muitos não sabem é que a saúde bucal de quem possui a doença pode, também, sofrer impactos. A cavidade oral é frequentemente uma das primeiras áreas onde os sinais da doença se manifestam, destacando a importância da atenção odontológica no diagnóstico precoce e no manejo de complicações.
Sinais
De acordo com a cirurgiã-dentista e facilitadora da Clínica Odonto FPS, Caroline Farias, os pacientes, quando não tratados com a terapia antirretroviral de forma adequada, podem desenvolver lesões na cavidade oral, como ulcerações, doença periodontal, candidose e herpes labial recorrente.
“É válido ressaltar que alterações não são exclusivas de pacientes que vivem com HIV/AIDS, mas estão associadas a um quadro de imunossupressão”, complementa. Ela afirma que outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), como sífilis e o condiloma aculminado, também podem acometer a cavidade oral.
Consequências
De acordo com Caroline, essas condições podem causar desconforto, dor e dificuldades na mastigação, fala e deglutição, impactando diretamente a qualidade de vida do paciente. “Caso não sejam diagnosticados e tratados adequadamente e de forma precoce, esses casos podem evoluir de forma desfavorável”, explica a cirurgiã-dentista.
Prevenção e cuidados
A transmissão do HIV/AIDS e outras ISTs ocorre por meio de relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas, transfusão de sangue contaminado, uso de instrumento perfurante ou cortantes não esterilizados (piercing, alicate de manicure, agulha para tatuagem) ou da gestante para o bebê durante o parto e a amamentação - quando não tomam as medidas de prevenção. Por isso, a melhor forma de prevenir é com o uso de preservativos durante qualquer tipo de contato sexual e sempre fazer testes de detecção durante exames de rotina, para que se tenha o diagnóstico precoce e sucessos no tratamento.
No que se refere à saúde bucal, é necessário procurar o estomatologista e/ou patologista oral para identificar a manifestação oral da IST e, assim, eles poderão encaminhar o paciente para o tratamento com o médico infectologista. “Um exame clínico bem executado, incluindo a inspeção de toda a mucosa bucal, pode permitir a detecção de lesões suspeitas. Possibilitando uma investigação mais aprofundada e o diagnóstico da IST”, reforça Caroline.
Atendimento
Problemas bucais ligados a ISTs e outras questões podem ser consultados na Clínica Odonto FPS, que oferece atendimento especializado de estomatologia nas terças e sextas, das 13h às 16h. O espaço fica localizado na Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS), na Avenida Mascarenhas de Morais, 4861, na Imbiribeira.
Para as comunidades do entorno (Tijolos, Tijolinhos e Rua da Linha), o serviço é gratuito. Também é oferecida gratuidade para o público de 0 a 17 anos das comunidades que envolvem o Conselho de Comunidades da Imbiribeira e do Instituto Shopping Recife. Informações e agendamentos: telefone (81) 3312-7777.
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